Com a abertura do mercado de gás natural anunciada esta semana, o governo Bolsonaro promete fomentar a competição no setor energético, abaixar o preço de energia para os consumidores e gerar empregos. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o preço da energia pode diminuir em 40% nos próximos dois anos. “Um choque de energia barata é tudo que todos sonham,” afirmou o ministro.
Desde o desenvolvimento do pré-sal, a promessa do crescimento de gás natural como parte da matriz energética brasileira tem dominado a discussão no setor. Presente em grande parte dos países desenvolvidos, o gás natural é considerado o combustível fóssil mais limpo de todos. Ele emite 45% menos CO2 que o carvão e 30% menos que o petróleo. O produto compõe a maioria da matriz energética dos Estados Unidos e boa parte da matriz europeia.
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A perspectiva de construir uma rede de gás natural no Brasil, porém, vem acompanhada de desafios. Em termos de recuperação econômica, é verdade que pode ser um catalisador para estimular o investimento e o consumo, trazendo um aumento na taxa de crescimento do PIB. Reduzir o preço da energia também é uma vantagem tremenda. O desenvolvimento da indústria do gás natural, inclusive, contribuiu para tirar os Estados Unidos da crise de 2008. A indústria gerou 2,8 milhões de empregos (dados de 2012), favorecendo a retomada do crescimento do PIB americano, além de reduzir a emissão total de CO2 no país.
Na época, o presidente Obama incentivou a produção de gás natural por representar uma espécie de combustível transitório (bridge fuel em inglês). Era uma alternativa que iria relativamente diminuir a emissão de CO2 dos EUA sem aumentar o preço da energia, até que outras fontes de energia limpa e renovável se tornassem mais desenvolvidas e acessíveis. Os Estados Unidos também investiram em gasodutos espalhados pelo país inteiro para facilitar o acesso a energia oriunda do gás natural.
A diferença de 2008 para o cenário atual é que as demais fontes de energia limpa já atingiram preços competitivos. E torna-se perigoso apostar em uma receita que funcionou 10 anos atrás. Enquanto a maioria dos países está migrando do processo transitório de gás natural para as renováveis, o Brasil mais uma vez se mostra atrasado em comparação a tendências globais.
Além de não ter uma infraestrutura completa de gasodutos no interior do país, a matriz energética brasileira já é considerada limpa para padrões globais. Sua abundância em recursos naturais como acesso à água, vento e sol permitem a adoção de fontes de energia 100% renovável. O investimento em um mercado de gás natural a essa altura é considerado antiquado pela maioria dos cientistas climáticos.
A empresa de energia americana Xcel anunciou, no ano passado, seu plano ambicioso de fornecer energia 100% limpa até 2050 e diminuir a sua emissão de CO2 em 80% até 2030. Em entrevista a Bill Loveless, do podcast Columbia Energy Exchange, o CEO da Xcel, Ben Fowke, afirma que o gás natural foi um recurso transitório importante para assegurar uma certa estabilidade no preço de energia sem prejudicar o consumidor. Segundo ele, o barateamento das tecnologias 100% sustentáveis obtido hoje não necessariamente justifica insistir em novos investimentos na área de gás natural. É preciso confiar no desenvolvimento tecnológico e acreditar que opções de energia limpa se tornarão mais comuns e acessíveis.
Com a pressão de ambientalistas e da comunidade científica em acelerar a transformação energética, o gás natural é uma forma das empresas petroleiraspermanecerem no mercado. Em termos de investimento a longo prazo e em preparo de infraestrutura, no entanto, o Brasil se equivoca na opção pelo gás natural. Investimentos em fontes de energia menos poluentes se encaixam mais nas tendências energéticas globais e gerariam um crescimento econômico mais expressivo a longo prazo. Há motivos para otimismo em relação às tecnologias que estão por vir e em suas capacidades de reverter o efeito poluidor dos combustíveis fósseis. É do interesse de todos que isso aconteça.
FONTE:https://www.poder360.com.br/opiniao/economia/opcao-pelo-gas-natural-e-retrocesso-para-o-brasil-diz-julia-fonteles/
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O Governo do Maranhão oferece até o dia 28 de junho, aos contribuintes que possuem débitos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), 85% de desconto nas multas e juros, para pagamento em cota única.
O desconto faz parte do Programa de Pagamento e Parcelamento de Débitos Fiscais, estabelecido por meio da Medida Provisória 292/2019, direcionado aos contribuintes com débitos fiscais gerados até 31 de agosto de 2018.
Desde o anúncio do Programa do Governo do Maranhão, mais de 2 mil contribuintes já aproveitaram o benefício para se regularizar junto à Secretaria de Fazenda, resultando na regularização de mais de R$ 50 milhões de débitos fiscais.
O secretário de Fazenda, Marcellus Ribeiro, alertou que se trata de oportunidade única que foi conquistada pelo Estado do Maranhão no âmbito do Conselho Fazendário (Confaz), que não possui disposição para aprovar normas futuras desta natureza, objetivando permitir a regularização de débitos do contribuinte em momento de crise econômica nacional.
Os débitos de multa por descumprimento de obrigações acessórias (entrega de declarações e arquivos) terão redução de 60% do seu valor original, desde que pagos em parcela única até 31 de julho de 2019.
O Estado oferece uma boa oportunidade aos contribuintes e busca recuperar o que lhe é devido para aplicação em políticas públicas para benefício da população maranhense.
Para aproveitar o desconto, o contribuinte pode realizar o pagamento online, no site da Sefaz, onde irá gerar o Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais, o DARE (aplicacoes.ma.gov.br/dare).
FONTE:http://www.ma.gov.br/agenciadenoticias/gestao/desconto-de-85-das-multas-e-juros-do-icms-termina-no-dia-28-deste-mes
O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), teve forte alta no pregão desta 3ª feira (11.jun.2019), encerrando aos 98.960 pontos, em alta de 1,53%, acompanhando a forte alta de commodities no mercado internacional, como o minério de ferro na Bolsa da China. O volume financeiro foi de R$ 16,9 bilhões.
O mercado também teve 1 alívio com a aprovação, pela CMO (Comissão Mista de Orçamento), de 1 crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões. O texto, agora, será analisado em sessão conjunta do Congresso Nacional.
Entre os ativos negociados no dia, os papéis ordinários da Vale tiveram alta de 6,39%, negociados a R$ 51,43, puxados pelo mercado internacional. Na Bolsa chinesa, o minério de ferro avançou 5,02% no porto chinês de Qingdao nesta 3ª.
Já a Petrobras, estatal que possui expressivo peso na composição de carteira do índice, encerrou em alta de 1,91, negociado a R$ 27,16.
Os operadores acompanharam, sob olhar positivo, a celebração de acordo entre a petrolífera e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para venda de refinarias de petróleo.
CÂMBIO
O dólar norte-americano voltou a operar em queda na sessão de negócios desta 3ª, negociado a R$ 3,849, em queda de 0,88%, acompanhando as negociações para a tramitação, no Congresso Nacional, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência. Os operadores também acompanharam com alívio a aprovação pela CMO do crédito suplementar ao governo, evitando, assim o descumprimento da regra de ouro pelo governo federal.MERCADO INTERNACIONAL
No exterior, Dow Jones (-0,05%) , S&P500 (-0,03%) e Nasdaq (0,01%), índices que compõem a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), tiveram 1 dia fraco em termos de operações, devolvendo os ganhos de sessões anteriores. Já no continente europeu, Frankfurt (0,93%), Londres (0,29%) e Paris (0,48%), fecharam em direção única. Os investidores internacionais também estiveram atentos a novos episódios da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China. Na 2ª, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou sobretaxar US$ 300 bilhões oriundos de produtos da China, caso não se encontre, no fim do mês, com autoridades chinesas na reunião do G-20, que ocorrerá no Japão. Entretanto, Wilbur Ross, secretário de Comércio dos EUA, disse ser precipitado acreditar em um 1 eventual acordo entre as 2 potências durante a reunião do G-20, pela extensão do conteúdo. Analistas também acompanharam o pacote de estímulos do governo de Xi Jinping à economia chinesa. O governo chinês anunciou que ampliará esforços para aumentar o financiamento de grandes projetos, com emissões, que são utilizadas para investimentos na área de infraestrutura. A informação foi divulgada hoje pelo PBoc, o Banco Central do país, dando impulso à cotação do minério de ferro. FONTE:https://www.poder360.com.br/economia/ibovespa-tem-forte-alta-acompanhando-dia-positivo-na-agenda-economica/
A produção de veículos cresceu 29,9% em maio ante igual mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram produzidas no mês 275,7 mil unidades, considerando os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. É o maior volume para o mês desde 2014, quando a produção chegou a 281,3 mil unidades.
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Boa parte do crescimento é explicada pela greve dos caminhoneiros do ano passado, que ocorreu na segunda quinzena de maio. Na época, o bloqueio das estradas obrigou todas as montadoras a interromper suas produções por alguns dias.
Em relação a abril, a produção do mês passado teve alta de 3,1%. No acumulado de janeiro a maio, as montadoras somam 1,241 milhão de veículos produzidos, expansão de 5,3% em relação a igual período do ano passado. O crescimento só não é maior porque o setor enfrenta queda nas exportações, em razão da crise na Argentina, principal destino dos veículos exportados.
A exportação de veículos, em unidades, caiu 30,7% em maio ante igual mês do ano passado, chegando a 42,1 mil unidades. O volume, se comparado a abril, representa alta de 20,7%. No acumulado do ano, as montadoras instaladas no Brasil venderam para outros países 181,6 mil veículos, com retração de 42,2% em comparação a igual período do ano passado.
Em valores, as montadoras faturaram com as exportações US$ 651,3 milhões em maio, queda de 38,3% sobre a receita de maio do ano passado, mas alta de 17,9% ante o faturamento de abril. No acumulado, as vendas ao mercado externo somaram US$ 2,932 bilhões, recuo de 46,4% em relação a igual intervalo do ano passado.
Nas vendas ao mercado interno, o balanço da Anfavea confirma números divulgados na segunda-feira, 3, pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os emplacamentos cresceram 21,6% em maio ante igual mês passado, para 245,4 mil unidades. Em relação a abril, houve alta de 5,8%. No acumulado, foram 1,085 milhão de unidades vendidas, alta de 12,5% sobre o resultado de igual período do ano passado.
Apesar do aumento na produção, as fabricantes eliminaram 146 vagas de emprego em maio. Em 12 meses, o saldo também é negativo, com o fechamento de 2.357 postos de trabalho. O setor terminou o mês passado com 130.008 funcionários, queda de 1,8% na comparação com o resultado de igual período do ano passado.
Máquinas agrícolas
A venda de máquinas agrícolas e implementos rodoviários ao mercado brasileiro caiu 5,8% em maio ante igual mês do ano passado, com total de 3,1 mil unidades. Ante abril houve recuo de 0,7%. No acumulado de janeiro a maio, o segmento vendeu 15,5 mil unidades, expansão de 3,7% em relação a igual período de 2018.
A produção, por sua vez, caiu 18,6% em maio ante igual mês do ano passado, para 5,4 mil unidades. Na comparação com abril, o total produzido representa crescimento de 23,2%. No entanto, no acumulado do ano, foram 20,7 mil unidades fabricadas, baixa de 4,2% sobre o resultado de igual período do ano passado.
Para o mercado externo, as fabricantes venderam 1,2 mil unidades em maio, alta de 15% em relação a igual mês do ano passado. Em comparação a abril, houve queda de 3,6%. No acumulado do ano, são 5,2 mil unidades vendidas ao exterior, crescimento de 0,8% em relação a igual intervalo do ano passado.
Em valores, as exportações de máquinas agrícolas e implementos rodoviários caíram 13,4% em maio ante igual mês do ano passado, para US$ 263,7 milhões. A receita, se comparada a abril, representa recuo de 6,7%. No acumulado do ano, as fabricantes faturaram US$ 1,257 bilhão, recuo de 15,2% em relação a igual intervalo de 2018.
FONTE:https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,producao-de-veiculos-sobe-29-9-em-maio-e-atinge-o-maior-volume-para-o-mes-desde-2014,70002858653
A mais recente recessão sofrida pela economia brasileira teve seu início no segundo trimestre de 2014 e durou, tecnicamente, até o quarto trimestre de 2016, conforme apurado pelo Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos). Mas a “recuperação” que se deu a partir daí precisa ser designada entre aspas. O crescimento tem sido tão fraco — em média menos de 1% ao ano, considerando as projeções para 2019 — que o PIB continua bem menor do que era antes da crise.
Tomando como base o ponto de partida da crise definido pelo Codace, o valor do PIB, cinco anos depois, ainda é 5,3% inferior ao alcançado antes do segundo trimestre de 2014. O retorno ao pico do primeiro trimestre de 2014 só ocorreria em 2022, um intervalo de longos nove anos, se o crescimento em 2019 ficar abaixo de 1%, como já apontam todas projeções, e caso consiga se sustentar em torno de 2,5% (com viés de baixa em 2020), como estimado no momento pela mediana do Boletim Focus.
Quando se observa a evolução da economia em relação à renda per capita, o quadro assusta ainda mais. No fechamento de 2018, a renda per capita brasileira estava incríveis 8% abaixo do pico anterior, observado na entrada de 2014.
Confirmadas as projeções atuais para o crescimento econômico e populacional em 2019, será mais um ano de estagnação da renda per capita. Na hipótese, já tida como duvidosa, de um avanço do PIB ao ritmo de 2,5% ao ano, a partir de 2020, o retorno da renda per capita ao níveis do início de 2014 só ocorreria em 2024, mais de uma década depois. Talvez isso só se dê mesmo em 2026.
A permanência, por anos a fio, da renda per capita em patamar muito inferior a um pico prévio, de acordo com o economista Affonso Celso Pastore, um dos integrantes do Codace, define um estado de depressão econômica. As consequências de uma situação desse tipo vão muito além daquelas que afetam economias que passam por uma temporada de retração da produção.
É intuitivo que, nessas circunstâncias, a retomada exija maiores e mais complexos esforços. Uma das principais explicações para esse destino de maiores dificuldades decorre da deterioração tanto do capital físico quanto do capital humano “enferrujados” e desatualizados pela prolongada ociosidade.
Estudo recente sobre o mercado de trabalho, publicado pelo Ipea, na sua “Carta de Conjuntura” do segundo trimestre deste ano (ver http://bit.ly/2WU9I8K), mostra que está aumentando o número de desempregados que não conseguem recolocação há mais de dois anos. Do total de quase 13 milhões de pessoas desocupadas, 3,3 milhões, cerca de um em cada quatro, não encontram trabalho há mais de dois anos.
Eles eram 17,4% dos desocupados, no primeiro trimestre de 2015, e agora, no primeiro trimestre de 2019, somam 24,8%. Entre eles, as mulheres respondem por quase 30% dos atingidos, o mesmo porcentual de adultos com mais de 40 anos e de pessoas com ensino médio completo.
O contingente de trabalhadores desempregados há mais de dois anos foi engrossado, entre 2015 e 2019, principalmente por homens, jovens e formados no ensino médio. Os números fortes desse avanço dão a dimensão do problema.
Acompanhem: nos últimos quatro anos, os homens passaram de 11,3% dos desempregados há mais de dois anos para 20,3%, enquanto os jovens foram de 15% para 23,6% do grupo e aqueles com ensino médio, que reuniam 18,5% dos desocupados de longa duração, são agora 27,4% do total.
Pode-se imaginar a existência de um quadro semelhante no parque produtivo instalado. É natural e direta a vinculação da prolongada ociosidade forçada das máquinas e equipamentos aos baixíssimos graus de investimentos na renovação das instalações. A taxa de investimentos, que ronda níveis históricos inferiores, não está cobrindo, de fato, nem mesmo a depreciação dos equipamentos.
Máquinas e mão de obra desatualizada não contribuem apenas para jogar a economia mais para baixo, pela dupla ação contracionista sobre os índices de produtividade. Complicam também a retomada, uma vez que não bastará ocupar as instalações ociosas e absorver trabalhadores que estejam fora do mercado para sair do atoleiro.
Na retomada, depois de uma crise tão longa, o horizonte que se descortina é de que gargalos produtivos e barreiras à expansão da atividade se apresentem antes do que seriam esperados se a recessão não fosse tão prolongada. O maior risco é da instalação de uma tendência de perpetuação dos atrasos competitivos.
A longa duração do atual episódio recessivo tem intrigado os economistas. Estudos e mais estudos convergem para a constatação de que esta não só é a recessão mais longa na história econômica brasileira, mas também uma das mais prolongadas das recessões em países emergentes. A “recuperação” apresentada, no resumo da ópera, tanto no consumo quanto no investimento, situa-se muito abaixo das que se seguiram aos episódios recessivos ocorridos no Brasil a partir de 1998.
Houve, de fato, no atual ciclo, uma freada fiscal brusca, como pretendido pelos governos, com apoio da comunidade de economistas ortodoxos. Os gastos públicos, em termos reais, que cresciam, no período 1998-2015, a uma média de 6%, experimentaram, a partir de então, contração média anual de 0,2%.
Diferentemente do imaginado, no entanto, o torniquete nos gastos não foi compensado pela retomada dos investimentos. E nem mesmo, apesar da queda relativa dos juros básicos e do encolhimento compulsório dos bancos públicos, por uma ampliação mais expressiva do crédito ao setor privado.
A perpetuação do quadro de anemia produtiva, potencializada pelo imobilismo do governo na área econômica, impõe uma inércia negativa ao crescimento. A cada dia que passa, as alternativas de retomada do crescimento vão se tornando mais complexas, exigindo soluções também mais criativas e ousadas.
Obcecado com o projeto de redução do Estado — o que significa fechar guarda-chuvas de proteção social e deixar populações vulneráveis ao relento — Paulo Guedes e sua equipe econômica só têm tocado o samba-de-uma-nota-só da reforma da Previdência. Criatividade e ousadia é tudo de que Guedes até agora não demonstrou dispor.
FONTE:https://www.poder360.com.br/opiniao/economia/estagnacao-muito-prolongada-faz-retomada-ficar-cada-vez-mais-distante/
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse hoje (7) que o governo quer uma moeda única para toda a América do Sul. A proposta foi apresentada ontem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo Bolsonaro, a ideia é começar pelo Brasil e Argentina, que são os maiores países sul-americanos, e depois expandi-la para outras nações, se elas desejarem.
“Uma família começa com duas pessoas. A ideia foi lançada na Argentina. O que ouvi o Paulo Guedes dizer é que ele gostaria que outros países se preocupassem com isso e quem sabe fazer uma moeda única aqui na América do Sul”.
Segundo o presidente, a nova moeda pode representar perdas e ganhos, mas, de um modo geral, o país tem muito mais a ganhar do que perder. Ele disse que a moeda única pode travar aventuras socialistas na América do Sul.
Bolsonaro disse esperar que o Mercosul consiga fechar ainda este ano um acordo comercial com a União Europeia. E demonstrou preocupação com uma possível eleição de Cristina Kirchner no próximo pleito presidencial argentino.
“Obviamente existe uma preocupação de todos que são amantes da democracia e da liberdade dos destinos que porventura a Argentina possa tomar”, disse durante cerimônia de formatura de sargentos da Marinha, no Rio de Janeiro.
FONTE:https://oimparcial.com.br/noticias/2019/06/governo-quer-moeda-unica-para-america-do-sul/
Pelo segundo mês consecutivo, o preço dos combustíveis subiu nos postos da Região Nordeste, mostra o levantamento de abril do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). A gasolina registrou alta de 2,2% com o litro comercializado a R$ 4,656 e o preço do etanol avançou 2,8%, em relação à média de março. O combustível se destaca em Pernambuco, onde o aumento foi de 9%, o maior reajuste registrado em todo o País.
“Quando analisamos a variação do etanol na região, percebemos que ficou um pouco acima da média nacional, que foi de 2%. Já a diferença de preços entre os Estados chama a atenção, ao apresentar variação de até 14%, quando comparamos o menor valor apontado na Paraíba, de R$ 3,419, com o mais caro, localizado no Maranhão, onde o litro foi vendido a R$ 3,89”, comenta o Diretor-Geral de Frota e Soluções de Mobilidade da Edenred Brasil, Jean-Urbain Hubau (Jurb).
No recorte local, Piauí teve o registro do maior preço médio da gasolina, R$ 4,799, ante os R$ 4,39 dos postos de Paraíba. Por lá, o gás veicular natural (GNV) foi o mais caro da região, vendido a R$ 3,729, valor 38% maior que o dos postos de Pernambuco, onde o combustível ficou na média de R$ 2,699.
Os postos de Pernambuco também se destacaram com o menor preço médio do diesel S-10, com o litro vendido a R$ 3,649, ante os R$ 3,86 do Ceará e do Rio Grande do Norte, que dividem a posição de mais caros. A Bahia lidera o ranking do diesel comum mais barato, com o litro a R$ 3,672, valor 4% menor que o vendido em Sergipe, a R$ 3,808. Em Alagoas, a gasolina apresentou reajuste de 2%, vendida a R$ 4,599, e o etanol, de 1%; no Estado, o litro foi comercializado a R$ 3,60, ante os R$ 3,56 de março.
No contexto nacional, abril foi mais um período de aumento nos preços dos combustíveis, com exceção do gás veicular natural (GNV). A gasolina, com o litro vendido em média a R$ 4,587, e o etanol, a R$ 3,633, apresentaram alta de 3,2% e 2%, respectivamente. Com o diesel e o diesel S-10, não foi diferente: aumento médio de 1%, nos postos de todo o País. Na contramão do reajuste, o GNV recuou 0,36%, comercializado a R$ 3,295.
O IPTL é um índice mensal de preços de combustíveis levantados com base nos abastecimentos realizados nos 18 mil postos credenciados da Ticket Log, que traz grande índice de acerto devido à quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com 25 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras a fim de simplificar os processos diários.
FONTE:https://oimparcial.com.br/cidades/2019/05/maranhao-tem-o-etanol-mais-caro-do-nordeste/

Por Rodrigo Via Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou nesta sexta-feira irritação com o parecer apresentado na véspera pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) e disse que os deputados "abortaram" a reforma da Previdência se o projeto autorizado pelo relatório for o aprovado.
O ministro afirmou que os cortes sobre a proposta original foram maiores que o estimado e disse que a exclusão de Estados e municípios do parecer foi um recuo ditado por "pressões corporativas de servidores do Legislativo", que ele classificou como "privilegiados.
"Entregamos uma proposta de 1,2 trilhão de reais e esperava que cortassem BPC e (aposentadoria) rural, e que ficasse em 1 trilhão", afirmou Guedes após encontro fechado no consulado da Itália no Rio de Janeiro.
Durante a entrevista, o ministro falou várias vezes sobre o número de 860 bilhões de reais como estimativa para a economia com a reforma da Previdência ao longo de dez anos, baseado no parecer do deputado Samuel Moreira.
Questionado pela Reuters sobre o valor de 913 bilhões de reais que circulou ontem na comissão especial da Câmara, Guedes disse que essa cifra maior inclui imposto sobre bancos, o que para ele é política tributária.
"Estão buscando (recursos) de PIS/Padep, mexendo em fundos. Estão botando a mão no dinheiro no bolso dos outros", afirmou Guedes em tom de irritação.
"Vou respeitar a decisão da Câmara, mas se aprovarem a reforma do relator... (os deputados) abortaram a Nova Previdência e mostraram que não há compromisso com as futuras gerações", disse Guedes.
"O compromisso com servidores públicos do Legislativo parece maior do que com as futuras gerações." Guedes estimou que, aprovada a reforma da Previdência proposta pelo parecer do Samuel Moreira, será necessária uma nova alteração nas regras para aposentadorias em cinco ou seis anos.
O ministro ainda ironizou os protestos realizados nesta sexta-feira em várias cidades do país contra a reforma da Previdência e cortes na Educação. "Acho que devia fazer (protesto) sábado e domingo em vez de engarrafar a cidade para fingir que tem muito movimento", disse
FONTE: https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2019/06/14/guedes-diz-que-servidores-privilegiados-pressionaram-por-cortes-na-previdencia.htm
As empresas do setor industrial perderam cerca de 12,5% dos seus postos de trabalho de 2014 a 2017. Ao todo, 1,1 milhão de vagas foram cortadas.
A ocupação na indústria caiu ao longo de todo o período, embora a queda em 2017 tenha sido a menos acentuada, avalia o instituto de pesquisa. Os dados da PIA (Pesquisa Industrial Anual) foram divulgados nesta 5ª feira (6.jun.2019) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os setores mais afetados nesse período foram: atividades de apoio à extração de minerais (-35,4%), fabricação de outros equipamentos de transporte exceto veículos automotores (-33,3%), fabricação de máquinas e equipamentos (-24,8%).
As maiores altas foram verificadas em fabricação de produtos alimentícios (1,5%) e fabricação de produtos do fumo (6,4%).
Em relação aos salários, a queda real foi de 14,7%, na média. O recuo nas indústrias extrativas liderou, de 31,2%. Já na indústria de transformação, foi de 13,9%.
Também houve queda na receita líquida, de 7,7% em 4 anos. No setor extrativo (-16,9%) a perda foi mais intensa do que nas indústrias de transformação (-7,4%).
CENTRO-OESTE AVANÇA
Embora tenha perdido representatividade ao longo dos últimos 10 anos, o Sudeste foi responsável por 58% do valor da transformação industrial em 2017. É seguido pelas regiões Sul (19,6%), Nordeste (9,9%), Norte (6,9%) e Centro-Oeste (5,6%).
Desde 2008, houve recuo de 4,2 pontos percentuais na participação do Sudeste, em favor do Centro-Oeste, que teve o maior avanço, de 1,9 ponto percentual. Foi seguido pelo Sul, com alta de 1,3 ponto percentual.
FONTE:https://www.poder360.com.br/economia/industria-perde-11-milhao-de-postos-de-trabalho-e-reduz-salarios-em-4-anos/
O Governo Federal anunciou ontem que irá pagar 13º às famílias cadastradas no Bolsa Família com o dinheiro economizado por cortes de beneficiários irregulares do programa social. Entretanto, o UOL pesquisou os dados oficiais fornecidos pelo Ministério da Cidadania e viu que, desde a posse de Michel Temer (MDB) na Presidência, em abril de 2016, houve aumento do número de famílias beneficiárias e de gastos. Tampouco houve redução na folha de pagamento como dito pelo governo.
Em 2019, devem ser gastos mais de R$ 30 bilhões com o auxílio.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez uma postagem no Twitter dizendo que os recursos para pagar o 13° são "oriundos em sua esmagadora maioria de desvios e recebimentos indevidos". O ministro da Cidadania, Osmar Terra, afirmou na segunda que "de 17 milhões de famílias em 2015, hoje tem 13,9 milhões". "E isso foi graças a um pente fino e isso reflete no orçamento deste ano." Terra era ministro da então chamada pasta do Desenvolvimento Social durante o governo Temer. Segundo dados oficiais, em maio de 2016, primeiro mês completo de Temer no poder, o Bolsa Família beneficiou 13,8 milhões de famílias, com pagamento total de R$ 2,23 bilhões. Em dezembro de 2018, quando Michel Temer deixou o cargo, esse número era de 14,1 milhões de famílias, com gasto de R$ 2,64 bilhões.
Ou seja, os números de famílias e de gastos com o programa só se ampliou no período: 330 mil famílias e R$ 407 milhões a mais. No mês de março deste ano, 14,1 milhões de famílias receberam valores do Bolsa Família, ao custo de R$ 2,63 bilhões --praticamente os mesmos números de dezembro do ano passado. Ainda segundo o governo, não haverá reajuste do valor do auxílio pela inflação neste ano por conta da implantação desta 13ª parcela.
Nunca houve 17 milhões de inscritos no programa. A afirmação do ministro Osmar Terra de que em 2015 havia 17 milhões de beneficiários também não encontra respaldo nos dados oficiais. Na análise durante todos os meses desde janeiro de 2004, quando o programa foi criado, o recorde em número de famílias aconteceu em novembro de 2018, com 14.227.451 pagamentos. Durante discurso na Marcha de Prefeitos, na última terça-feira, o ministro afirmou que em 2015 havia 17 milhões de famílias inscritas no programa, mas que apenas 15 milhões recebiam o benefício. Outros 2 milhões estariam numa fila de espera. Entretanto, em e-mail enviado ao UOL em 8 de agosto de 2017, o mesmo ministério informou que "a média mensal [era] de 840 mil famílias [na fila de espera] (maio/15 a abril/16) na gestão anterior". À época do questionamento, a fila de espera era de 551 mil famílias.
Regras do programa O Bolsa Família
Beneficia todas as famílias com renda per capita de até R$ 89 mensais e as que tenham renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais com crianças ou adolescentes até 17 anos. O número de beneficiários varia mês a mês, a depender de pedidos de desligamentos, suspensões, cancelamentos e adesões. Segundo o Ministério da Cidadania, o programa possui uma série de mecanismos de controle e suspende beneficiários que não atualizam as informações cadastrais. Também há cortes pelo descumprimento dos compromissos nas áreas de educação e de saúde. O beneficiário pode pedir o desligamento do programa em caso de melhoria de renda. De 2004 a 2018, 520 mil famílias.
Fonte:https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/04/12/bolsa-familia-amplia-inscritos-em-3-anos-e-contradiz-discurso-sobre-o-13.htm