Rússia anuncia vacina contra o câncer com tecnologia de mRNA para 2025
Imunizante, que será gratuito para pacientes russos, adota uma abordagem individualizada, permitindo que o sistema imunológico receba instruções precisas para identificar e combater células específicas
O Ministério da Saúde da Rússia anunciou nesta semana o desenvolvimento de uma vacina contra o câncer, criada em colaboração com diversos centros de pesquisa.
A vacina será distribuída gratuitamente aos pacientes russos em 2025. A informação foi publicada na Tass, agência russa de notícias.
Segundo o Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde da Federação Russa, a vacina adota uma abordagem individualizada. A tecnologia utilizada é a mRNA, a mesma das vacinas contra a covid-19. Ela permite que o sistema imunológico receba instruções precisas para identificar e combater células específicas.
Por meio da análise genética do tumor de cada paciente, é desenvolvida uma formulação personalizada capaz de "ensinar" o organismo a reconhecer e destruir células cancerígenas.
Resultados pré-clínicos
Segundo Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, os testes pré-clínicos mostraram que a vacina consegue suprimir o desenvolvimento de tumores e impedir possíveis metástases.
No entanto, detalhes mais específicos, como os tipos de câncer que podem ser tratados com o imunizante, ainda não foram divulgados.
EnteroMix
Além da vacina de mRNA, a Rússia também aposta em uma abordagem complementar para combater o câncer: a vacina oncolítica EnteroMix. O imunizante, segundo especialistas, utiliza uma combinação de quatro vírus não patogênicos, que têm a capacidade de destruir células malignas e, ao mesmo tempo, ativar a imunidade antitumoral dos pacientes.
Os primeiros testes clínicos com a EnteroMix devem começar entre o fim de 2024 e o início de 2025, com pacientes recrutados para a fase inicial.
Assim como na vacina de mRNA, não foram fornecidas informações detalhadas sobre a eficácia ou os tipos de tumores visados pela nova tecnologia.
Informações Portal Zero Hora